Ogrupo de mulheres em busca da medicina e da vida da associação quilombola da comunidade Laranjo, localizada a 6 km do município de Betânia, região sudeste do Piauí, recebeu a visita de coordenadores, comunicadores, animadores de campo dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí que participavam da I Oficina Regional de Sistematização do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1 2) da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). O evento aconteceu na primeira semana de julho, no município de Paulistana, a 450 km de Teresina.
A oficina faz parte das atividades da fase piloto do P1 2, cuja gestão piauiense está sendo desenvolvida pela Cáritas Regional de Teresina e Cáritas Diocesana de Picos, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Durante o evento, os participantes puderam discutir a importância da realização de intercâmbios de experiências tanto para a assessoria técnica quanto para os agricultores e agricultoras que apresentam suas atividades; aprofundaram o papel dos instrumentos de comunicação para o desenvolvimento de projetos e discutiram a execução do programa nas regiões onde atuam, além de sistematizarem experiências bem sucedidas de convivência com Semi-Árido.
Para o coordenador da Unidade Gestora da Cáritas do Piauí, João Evangelista, a oficina foi importante para o andamento e consolidação das ações do projeto. “A realização da oficina em nosso Estado, serviu para nivelar as ações e perceber a dimensão do P1 2 para as famílias. Entendemos que sistematizar é importante para consolidarmos as nossas experiências de convivência com o semi-árido e dar visibilidade às ações e iniciativas das comunidades na captação de água e produção de alimentos”, explica.
Divididos em grupos, os participantes, visitaram outras três experiências, a caprinocultura da comunidade São Martins e outra de horta comunitária da comunidade Açude, ambas no município de Paulistana e apicultura desenvolvida na comunidade São Miguel, município de Acauã. As experiências foram registradas e editadas em formato de boletim informativo, sistematizado de forma que potencializam e qualificam as experiências das comunidades a partir do olhar de agricultores (as).
Na visita, os participantes puderam conhecer como agricultores e agricultoras vêm executando atividades para desenvolvimento da comunidade e realizando formas de convivência com o semi-árido.