O Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) apresentou na última segunda-feira (23), ao Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, da Assembléia Legislativa do Ceará, documento propositivo para o Pacto pela Convivência com o Semiárido.
O Fórum considera fundamental que a política seja articuladora das diversas políticas setoriais existentes, buscando melhor coordenação das ações no território e favorecendo a participação e o acesso da população do Semiárido aos programas, projetos e recursos. Uma política propositiva, que exerça decisiva a partir de um novo olhar do Semiárido, que afirma a sua viabilidade e potencialidade.
Entre as questões a serem trabalhadas, o Fórum considera importante a promoção da sustentabilidade da agricultura familiar no Semiárido, seguindo os princípios da agroecologia, a economia solidária e equidade de gênero e geração. Além disso, aborda a necessidade de fortalecer a educação contextualizada para a convivência com o Semiárido, o monitoramento da qualidade de água para uso familiar e comunitário na região, a promoção do protagonismo juvenil, e do saneamento ambiental integrado das comunidades do Semiárido.
O Fórum ainda destaca a promoção da segurança alimentar no Semiárido, o fortalecimento da produção cultural, a inclusão digital, a sistematização e intercâmbio de saberes no Semiárido como fundamentais nessa política.
A proposta elaborada coletivamente é uma contribuição do Fórum Cearense para o documento que deverá ser incorporado às proposições de outras instituições para formatação de uma Política Estadual de Convivência com o Semiárido. "A apresentação foi muito boa. Espero que consigamos ser ouvidos e que nossas contribuições possam estar expressas no documento do Pacto”, acredita Felipe Pinheiro, integrante do Cetra.
Para Cristina Nascimento, da coordenação da Articulação no Semi-Árido (ASA) pelo Estado do Ceará, a abertura do espaço foi fundamental para a ASA apresentar uma proposta feita coletivamente. "É uma pauta importante de diálogo da sociedade com o Poder Público Legislativo, para que seja criada uma Lei de Políticas para Convivência com o Semiárido”, afirma Cristina, reconhecendo que se faz necessária a participação do Fórum na defesa da proposta.
As propostas apresentadas deverão ser socializadas com a sociedade no mês de junho, quando deverá acontecer a Assembléia Estadual do Pacto pela Convivência com o Semi-Árido.