Rio - Fernanda Torres, Luciano Huck, Edson Celulari, Regina Casé e Lázaro Ramos. A lista de celebridades presentes na entrega do Prêmio Anu, no Theatro Municipal, na segunda, era extensa, mas eles não foram os protagonistas da festa. No palco, as estrelas eram os 27 contemplados pela Central Única das Favelas por suas ações sociais desenvolvidas no último ano.

“Agradecemos a quem acreditou e fez nosso sonho se tornar realidade”, contou Johayne Hildefonso, diretor artístico do Grupo Cultural AfroReggae e do espetáculo Urucubaca!, projeto vencedor do Rio de Janeiro, que junto do Programa Um Milhão de Cisternas, da Bahia, ainda faturou troféu mais esperado da noite, o Anu Preto.

Com texto de Jorge Mautner e encenado pela Trupe de Teatro AfroReggae, a peça abordava temas como amor, sexo e violência e revelou talentos como o de Feijão, Washington Rimas, mediador de conflitos nos morros cariocas e ex-traficante.

“A gente vem aqui e fica com vergonha do que não faz, do que poderia estar fazendo”, refletiu a atriz Fernanda Torres que, junto de Luciano Huck, seria mestre de cerimônia do evento e, devido a compromissos profissionais, chegou a tempo de entregar as últimas estatuetas.

O ministro do Esporte Orlando Silva foi o homenageado especial da primeira edição do prêmio, e recebeu a estatueta das mãos da mãe Vanda, e da esposa, Ana Cristina Petta. “O protagonismo social faz diferença no Brasil”, agradeceu o ministro.

A cada quatro vencedores, uma atração musical era anunciada. Alcione, Fernanda Abreu, MV Bill, Nega Gizza se apresentaram e Sandra de Sá fez o teatro inteiro dançar ao som de ‘Olhos Coloridos’ e repetir com orgulho a frase: “Sou altamente consciente e confiante e acredito no povo brasileiro”.