Durante o fórum os participantes visitaram uma escola que trabalha a educação contextualizada em Ipiranga e a comunidade quilombola Custaneira, em Paquetá do Piauí, que preserva a história de seus antepassados através das sementes nativas. Segundo Neto Santos, um dos organizadores do fórum, o evento buscou ressaltar as tradições culturais e a produção agroecológica da região. “A gente tem esta grande responsabilidade de valorizar a sabedoria popular, para que a sociedade perceba que o semiárido não tem só animais morrendo de sede. O semiárido tem sábias famílias que eternamente viveram bem e isso nunca é noticia”, comentou.
De acordo com Ylka Oliveira, assessora de comunicação da ASA Brasil, o fórum gerou bons resultados. “Foram três dias muito produtivos, muito positivo de debates, discussões e reafirmações das nossas praticas e conceitos. Saímos daqui com a certeza de que a comunicação é um direito onde cada vez mais famílias de agricultores e de todos os povos do semiárido possam colocar sua voz e falar pro mundo o que eles vem fazendo de tão bom e produtivo”.
Os resultados do encontro serão publicados no boletim de noticias Candeeiro, que traz a sistematização de experiências das famílias de agricultores que estão na área rural, e produzido por comunicadores e comunicadoras de uma rede com mais de 3 mil organizações e mais de cem profissionais da comunicação atuando no semiárido.