E se não fossem as cisternas?
09.12.2020
Em vídeo, ASA dá notícias do Semiárido nesta pandemia e pede apoio

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Afetada pelas mudanças climáticas e pela pandemia Covid-19, a situação do Semiárido exige atenção | Imagem do vídeo

O que seria do Semiárido, nesta pandemia, sem as 1,3 milhão de tecnologias de armazenamento de água? Esta pergunta foi feita repetidas vezes quando a pandemia se interiorizou no Brasil. Mais uma vez, a malha hídrica que amplia o acesso à água para a população rural salvou a região de uma situação de calamidade.

O primeiro salvamento foi na seca de 2012 a 2017, longa e intensa, considerada uma das mais severas dos últimos 100 anos. Em alguns territórios, esta seca ainda perdura até os dias atuais.

Um exemplo é o território da Borborema, na Paraíba, onde se encontram variadas faixas de ambientes, dos mais secos aos mais úmidos. Em todos eles, tem chovido 25% a 30% menos do que a média pluviométrica das décadas anteriores.

Afetada pelas mudanças climáticas e pela pandemia Covid-19, a situação do Semiárido exige atenção, que não é dada pelo Estado brasileiro. Pelo contrário, o Governo Federal ignora as políticas públicas voltadas para a convivência com o Semiárido, como o Programa Cisternas que deve terminar 2020 sem nenhuma nova ação paga com recursos do orçamento público previsto para este ano.

Além deste programa, várias outras políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, do enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional estão paradas. “O que é algo incompreensível no contexto da pandemia que vivemos”, pontua Alexandre Pires, da coordenação nacional da ASA pelo estado de Pernambuco.

A ASA estima que cerca de 350 mil famílias ainda não têm a cisterna de 16 mil litros que guardam água para consumo humano e mais de 800 mil famílias não possuem as tecnologias que armazenam água para criação animal e para cultivar alimentos.

Esta situação é contada em vídeo pela ASA para chamar atenção de quem vive em outras regiões do Brasil e do mundo, em especial, dos parceiros internacionais. “Neste momento, é mais que necessário que toda sociedade, movimentos sociais, organizações religiosas, sindicais, de pesquisa e ensino, organizações internacionais e veículos de comunicação contribuam e fortaleçam a luta dos povos do Semiárido em defesa do direito à água, para o consumo e produção de alimentos. Juntem-se a nós!!!”, convoca Alexandre.

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