A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Aparecida, na Paraíba, acabou de instalar um sistema de energia solar com 13 painéis com capacidade para produzir 600 Kilowatts hora por mês. Os equipamentos já estão instalados, só esperando a empresa de energia local, a Energisa, instalar o medidor especial para microgeradores de energia elétrica distribuída.

Além da igreja, o sistema vai suprir a energia consumida pelo salão paroquial, pela casa do padre e ainda vai doar o excedente para uma capela da zona rural. Com isso, a paróquia vai reduzir sua conta de energia em até 90% e ainda ajudar o meio ambiente com a geração de energia renovável.

Essa é a segunda paróquia a instalar a energia solar na região. A Paróquia Nossa Senhora Aparecida aderiu ao projeto Paróquia Solar, iniciativa do Comitê de Energia Renovável do Semiárido (CERSA) a partir de uma provocação do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, para que as igrejas deem o exemplo para mostrar para as pessoas que a energia solar é viável.

“A ideia não é só instalar o sistema, mas ser um instrumento de evangelização para os temas das mudanças climáticas, do meio ambiente, da cidadania e da mudança da matriz energética”, disse o Coordenador Geral do CERSA, Júlio César Nóbrega Gadelha.

A primeira paróquia a instalar o sistema de energia solar foi a Santana no município de Souza, também na Paraíba, por meio de um outro projeto, o Semiárido Solar. Ali o parque solar é bem maior, são 142 placas que vão gerar 6.000 kilowats hora por mês.

Os projetos de energia solar estão recebendo o apoio da empresa Ative Energy, que está doando 10 kits de energia solar com 6 placas de captação e inversor cada uma, com a capacidade de gerar 300 Kilowats hora por mês, que devem ser doadas para 10 novas paróquias nos municípios de Cajazeiras e Patos.

O projeto Paróquia Solar também defende a criação de um fundo rotativo a partir da economia feita pelas primeiras paróquias atendidas para atender outras paróquias, multiplicando o número de igrejas com energia solar. Para isso, faz um trabalho de conscientização dos padres. “Queremos que a Igreja sinalize para seus irmãos que todos podem contribuir com a geração de energia renovável”, disse Júlio César Gadelha.