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30.09.2009
Aquecimento ameaça 10% da biodiversidade
Jornal - Jornal do Commercio (Pernambuco)


Levantamento feito por cientistas australianos inclui espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes de todo o mundo que correm risco de desaparecer com o aumento da temperatura global

SYDNEY – Quase 10% dos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes do planeta estão em perigo de extinção em consequência das mudanças climáticas e outros fatores, segundo um estudo científico publicado ontem na Austrália.

O estudo Número de Espécies Vivas na Austrália e no Mundo detectou que 0,9% de 1,9 milhão de espécies classificadas no mundo estão ameaçadas, incluindo 9,2% das principais espécies de vertebrados.

De acordo com levantamento de recursos biológicos financiado pelo governo australiano, único censo mundial de animais e plantas, 20,8% dos mamíferos estão sob ameaça, assim como 12,2% das aves e 29,2% dos anfíbios. Também são considerados ameaçados 4,8% dos répteis e 4,1% dos peixes.

“Na Austrália e em todo o mundo, a biodiversidade está sob crescente pressão”, afirmou a secretária do departamento australiano do Meio Ambiente, Robyn Kruk. “As pressões são onipresentes e crônicas em muitos lugares: as espécies invasivas, a perda do habitat e a mudança climática em particular”, completou.

CONFERÊNCIA

Enquanto cientistas apontavam impactos do aquecimento sobre a biodiversidade, representantes de diversos países retomavam em Bangcoc, na Tailândia, as negociações sobre o clima com um apelo do representante das Nações Unidas em favor de um acordo mundial, caso contrário o planeta pode ser atingido por uma sucessão de catástrofes naturais.

“O tempo não pressiona, pois praticamente já acabou”, afirmou o secretário-executivo da Conferência da ONU sobre a Mudança Climática, Yvo de Boer aos 2.500 delegados reunidos na capital tailandesa. A dois meses da Cúpula de Copenhague, um acordo ambicioso e quantitativo de redução de gases causadores do efeito estufa parece cada vez mais improvável após as discussões decepcionantes nos Estados Unidos.

Mas a urgência de um acordo como este foi tristemente destacada pelas inundações nas Filipinas, disse o responsável da ONU. “Uma das razões de estar aqui é garantir que a frequência e a severidade deste tipo de evento climático extremo vão diminuir com uma política ambiciosa”, explicou. “Não tem plano B, e se não conseguirmos realizar o plano A, o futuro nos responsabilizará por isso”, continuou.

Para tentar limitar o aquecimento

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