Semiárido
22.06.2016 BA
Cedasb 10 anos – Lutando e acreditando em um Semiárido cheio de vida e repleto de possibilidades

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Por Núcleo de Comunicação do Cedasb

O evento aconteceu no Sítio Sul e começou com uma apresentação da caminhada institucional | Foto: Núcleo de Comunicação Cedasb

São 10 anos de história e caminhada juntos aos agricultores e agricultoras do Sertão do sudoeste baiano, sempre acreditando e lutando por um Semiárido cheio de vida e repleto de possibilidades. Essa foi a motivação fundamental para que nos dias 16 e 17 de Junho 2016, o Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia celebrasse seus 10 anos de existência e missão por essas terras sertanejas de Vitória da Conquista e região.

Sexta feira (17) foi o grande dia de celebrar solenemente os 10 anos de caminhada. E o dia já começou com a chegada e acolhida daqueles/as que são as pedras fundamentais em toda a existência e caminhada do Cedasb, os agricultores e agricultores das diversas regiões por onde o Cedasb atuou e atua. A animação e a alegria são marcas registradas do Cedasb, e motivos não faltaram para nos alegrar e fazer folia, enquanto os/as agricultores/as e demais convidados chegavam para a festa, a Banda “Remela de Gato” fazia a animação do povo, com músicas e cantorias que alegraram o coração e rememoravam o dia a dia do povo do Sertão. O evento aconteceu no Sítio Sul e começou com uma mística de abertura que apresentou a caminhada dos 10 anos do Cedasb, desde sua fundação em 11 de Maio de 2006 até os dias atuais. Textos poetizados, canções de luta e fatos que marcaram a caminhada, desde a lata d’água na cabeça até a chegada da “Boneca Branca do Sertão” marcaram a mística e retrataram toda a trajetória de 10 anos do Cedasb, e abriu com muita emoção o evento dos 10 anos.

Tendo iniciado solenemente o evento com a mística, as pessoas presentes puderam assistir a um vídeo comemorativo, que apresentou depoimentos de figuras que representaram todas as pessoas que ajudaram e ajudam a construir o Cedasb. Depoimentos de agricultoras/es, pedreiros cisterneiros, fundadores e sócios (as) fundadores (as), assim como o depoimento de Nadison representando a Asa Brasil. Após o vídeo formou-se uma mesa com variadas representações dos diversos segmentos sociais, comunitários, eclesiais e políticos: desde representações de comissões municipais do Cedasb/Asa, agricultoras/es, sindicatos e associações de diversos municípios do sudoeste baiano, representações do poder público local e de outras regiões, bem como nas instancias políticas estadual e federal, movimentos sociais, colaboradores e sócios do Cedasb, representantes da SDR e CAR e entidades parceiras, que também fizeram e fazem parte dos 10 anos de existência do Cedasb.

Todas as representações da “Mesa” fizeram uma saudação por ocasião dos 10 anos e algumas proferiram uma breve fala sobre a importância das ações do Cedasb no processo de convivência com o Semiárido, como dona Ildete, agricultora da comunidade do Estreito do município de Caetanos/BA: “O Cedasb tem o rosto dos agricultores e agricultoras, carrega a nossa identidade, e é por isso que nós agricultores nos sentimos parte dos 10 anos do Cedasb”. Durante a “Mesa” de saudações, a representação do Território do Sudoeste anunciou oficialmente a doação de um caminhão baú que ficará sob a coordenação do Cedasb, que ficará a serviço da agricultura familiar no território. Junto com o caminhão, o Cedasb recebeu barracas via CAR e SDR, com o objetivo de estruturar a feira agroecológica que será promovida pela entidade em parceria com diversos agricultores/as, que poderão comercializar sua produção; produção essa, sadia e cheia de vida, livre dos venenos e transgênicos.

Com as saudações e falas por ocasião dos 10 anos, o evento teve prosseguimento com uma palestra magna com Naidison, que refletiu sobre a frase tema dos 10 anos do Cedasb: “lutando e acreditando por um Semiárido repleto de possibilidades”. “Vocês estão celebrando 10 anos de existência e honraram o compromisso junto aos agricultores/as, foram fiéis ao processo de convivência com o Semiárido, trazendo em vossas ações a identidade e o rosto dos agricultores/as…”, afirmou Naidison em sua fala durante o evento.

Já nas horas derradeiras da tarde e no despontar da noite, enquanto se fazia cantorias típicas do nosso Semiárido, foi partilhado o bolo comemorativo dos 10 anos. E posteriormente o “povão”, já em clima dos Santos festeiros: Santo Antônio, São João e São Pedro, puderam arrastar o pé com o forró da Banda “Remela de Gato” e de artistas regionais. E por aqui, seguimos nossa caminhada e missão, reafirmando nosso compromisso com os/as agricultores/as e com todo o processo de convivência, sempre ajudando nosso povo da cidade e principalmente do campo, a conviver com as adversidades e a beleza do nosso Sertão.