P1+2
17.05.2016 PI
Intercâmbio de agricultores e agricultoras proporciona troca de experiências no Semiárido piauiense

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Por Hana Leal comunicadora da EFPT

Agricultoras e agricultoras do Semiárido piauiense participam de intercambio de experiências | Foto: Hana Leal

Com o intuito de proporcionar a troca de saberes e de experiências em agroecologia e convivência com o Semiárido, a Escola de Formação Paulo de Tarso (EFPT) realizou nos dias 12 e 13 de maio o intercâmbio de experiências entre cerca de 34 agricultores e agricultoras beneficiários do Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

Os agricultores participantes são da comunidade rural Sitio Santo Antonio, município de Lagoa do Sitio. As visitas começaram pela propriedade da agricultora Francisca Ferreira Lima, que tem um sistema de quintal produtivo com horta orgânica, galinhas e porcos, além de uma roça orgânica.

À tarde, as famílias conheceram a experiência do agricultor Valdir Mendes, que explicou como aproveita a água das cisternas para o consumo humano e para produção. Ele também distribuiu para o grupo sementes de pimentão selecionadas e produzidas por ele e respondeu a várias perguntas do grupo.

Dona Francisca Vitalina disse que achou muito interessante a junção das fruteiras para aproveitamento da água e o formato da horta próximo da cisterna, tudo para evitar o desperdício. Já Seu Valdir explicou que plantar duas fruteiras próximas é uma saída para aproveitar água. Ele explicou que com esta ação usa apenas um balde de água para as duas plantas.

A última experiência visitada pelas agricultoras e agricultores foi numa propriedade que trabalha com a Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, também conhecida como SISTEMA PAIS, na zona rural do município de Oeiras. Esta forma de produção considera a biodiversidade ambiental e a diversidade produtiva de frutas e legumes. O agricultor Sandro, dono da propriedade, conduziu a visita e esclareceu algumas dúvidas dos agricultores.

“A horta dessas famílias que visitamos é um exemplo para melhorar o aproveitamento da água. São propriedades bem organizadas que vão servir para a gente aprender e fazer também”, conta dona Luzia Lima, participante do intercâmbio.

As famílias visitadas já foram beneficiárias do P1+2 e atualmente trabalham com produção, consumo e comercialização de alimentos agroecológicos, manejo alimentar para a criação de pequenos animais, estocagem de água e alimentos para consumo humano e de animais, além da produção e seleção de sementes crioulas.

De acordo com Eduardo Muniz, coordenador do P1+2 da EFPT, o intercâmbio atingiu sua finalidade de contribuir com o processo de formação e mobilização social para convivência como o Semiárido através da troca de conhecimentos tradicionais, locais e científicos, além da difusão de práticas agroecológicas de manejo da caatinga, de cultivos em quintais, nas roças de sequeiro e na criação de pequenos animais.