Gênero
24.08.2007
Acesso aos recursos naturais é reivindicado por mulheres na Marcha das Margaridas
Acesso aos recursos naturais é reivindicado por mulheres na Marcha das Margaridas

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Por Gleiceani Nogueira - ASACom

Para representante da ASA, ações de convivência com o Semi-Árido contribuem para minimizar as desigualdades de gênero na região
 

 

Cerca de 50 mil mulheres trabalhadoras rurais, vindas de todo o País, participaram nos dias 21 e 22 de agosto, em Brasília (DF), da Marcha das Margaridas 2007. O evento  realizado pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), representa uma estratégia política construída e consolidada pelas mulheres trabalhadoras rurais para combater a fome, a pobreza, a violência sexista e construir um novo Brasil com justiça, paz e igualdade de gênero.

No primeiro dia, as trabalhadoras ficaram acampadas no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, onde foi realizada a abertura da Marcha e uma feira de Economia Solidária. No dia 22, as mulheres realizaram a tradicional marcha até a Esplanada dos Ministérios, onde fizeram um ato público em frente ao Congresso Nacional e entregaram ao Presidente Lula um documento contendo as reivindicações das mulheres.

A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) foi representada pela agricultora, integrante da coordenação executiva da ASA Paraíba e do Pólo Sindical da Borborema, Roselita Victor da Costa. Em entrevista concedida a jornalista Gleiceani Nogueira, da Assessoria de Comunicação da ASA (ASACom), Roselita falou sobre a participação da ASA na mobilização e fez uma analise da situação das mulheres no Semi-Árido. Confira a entrevista.

ASACom  - Que balanço você faz da Marcha das Margaridas 2007?

Roselita - Foi um momento muito importante para a Articulação do Semi-Árido poder estar também se juntando as outras mulheres agricultoras, do País inteiro, especialmente às mulheres aqui do Semi-Árido nordestino porque eu acredito que a Marcha é um grande momento de reafirmação do papel das mulheres agricultoras na construção da agricultura familiar. E acho que foi um momento de poder tá juntando o que a gente tá fazendo, as ações que estão sendo construídas no Semi-Árido, a partir da própria Articulação no Semi-Árido, e compartilhar com as outras mulheres. Então acho que um pouco dessa dimensão.

ASACom  - O que as ¿Margaridas¿ reivindicaram na Marcha?

Roselita - Uma das questões que estava dentro da pauta é o acesso aos recursos naturais, a terra, a água, a agroecologia, reafirmando, principalmente, o papel das mulheres nessa construção e no acesso a esses recursos naturais. Por exemplo, a gente sabe que o P1MC tem tido um p