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16.08.2007
Atlas Nordeste: gestão da água é problema na maioria dos municípios da região
Atlas Nordeste: gestão da água é problema na maioria dos municípios da região

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Por Fábia Lopes - ASACom

Estudo foi apresentado durante reunião da Coordenação Executiva da ASA

 

Sérgio Ayrimoraes, gerente de estudos e levantamentos da Agência Nacional de Águas (ANA), participou nesta quinta-feira (16/08) da reunião da Coordenação Executiva (CE) da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). Na ocasião, o representante da ANA apresentou o Atlas Nordeste + Abastecimento Urbano de Água.

O estudo, realizado em parceria com as Secretarias Estaduais de Recursos Hídricos e com acompanhamento do Ministério da Integração Nacional, Ministério das Cidades e Ministério da Saúde, foi lançado em dezembro do ano passado com o objetivo de identificar e propor alternativas técnicas para atender as atuais e futuras demandas por água da população urbana da área de abrangência. O Atlas Nordeste compreende os nove estados da região Nordeste e o norte de Minas Gerais. De acordo com o representante da ANA, o estudo contemplou municípios com mais de 5 mil habitantes, incluindo os grandes centros urbanos, como as capitais nordestinas. Acesse aqui o site a ANA

Durante a apresentação, Sérgio afirmou que o motivo que levou a ANA a desenvolver a pesquisa foi a crença de que havia escassez de água na região foco do estudo, área que inclui o Semi-Árido brasileiro. Porém, a conclusão do Atlas é que 80% dos municípios pesquisados não sofrem pela ausência de mananciais hídricos; e sim, pela má gestão da água e do sistema de abastecimento, contrariando o argumento do governo federal que justificaria a Transposição do rio São Francisco.

Um exemplo disso é a cidade de Campina Grande, na Paraíba, que seria beneficiada pelo Eixo Leste da Transposição. Mas, que segundo o Atlas, tem água suficiente para abastecer a cidade e outros municípios vizinhos até 2025, desde que as propostas sugeridas no estudo sejam implementadas. Assim, a fragilidade do abastecimento em Capina Grande se deve à gestão do sistema e não à quantidade de água existente.

Ouça a entrevista que Sérgio Ayrimoraes concedeu à jornalista da Assessoria de Comunicação da ASA (ASACom), Fábia Lopes. Confira aqui

 

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