Política
29.11.2018
Na ONU, dirigente do MTC denuncia ameaça de criminalização dos movimentos sociais no Brasil

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Ferreira conversou com autoridades, ativistas e reresentantes de movimentos sociais da Europa | Foto: arquivo MTC

Adriano Ferreira, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC), faz um circuito internacional pela Europa, para denunciar as violações dos direitos socais junto às diferentes entidades de defesa de direitos humanos de diversos países da Europa.

Em Genebra ele reuniu-se com o Alto Comissariado dos direitos humanos das Nações Unidas de quem obteve o compromisso de fiscalizar de perto as medidas do novo governo. Na oportunidade foi entregue um manifesto proposto pela Fiam Brasil e assinado por 30 organizações do campo que denuncia a volta da fome ao Brasil. 

Segundo Ferreira, a situação, que já vinha se agravando desde o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma, tende a piorar drasticamente, conforme se pode inferir pelas declarações de Jair Bolsonaro, recém-eleito. “Seus ministérios, compostos por pessoas despreparadas para exercer o cargo, amplia as políticas de austeridade econômica implementadas pelo presidente Temer, aprofundando a crise, com cortes no orçamento público e nas verbas destinadas aos programas socais”.

Diante deste quadro, o MTC estabeleceu um circuito internacional pela democracia e contra a volta fome no Brasil que ao longo de 35 dias faz programa de encontros, debates e palestras em cidades da Holanda, Alemanha (Colônia, Frankfurt e Munique), Suíça (Zurique e Genebra), França e Itália, para alertar as organizações ligadas aos direitos fundamentais do homem, sobre os ataques à democracia no Brasil. Ele denuncia o aumento do desemprego, a desvalorização salário mínimo, a perda do poder aquisitivo e retrocessos na concepção do direito à alimentação, além da volta da fome, que hoje afeta mais de 2,5% da população brasileira.

Ferreira passou a última quarta-feira, 28, em Paris onde dialogou com grupos de resistência brasileiros e cumpriu agenda de encontros com ativistas, líderes sindicais e de partidos políticos de esquerda da sociedade francesa.