Por Elka Macedo - ASACom
Se organizar para avançar! É com este desejo que um grupo formado por 60 mulheres vindas de todos os estados do Semiárido brasileiro se reúnem nos próximos dias 16, 17 e 18 em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife em Pernambuco. O encontro tem como tema “A convivência com o Semiárido e as mulheres; nossa luta, nossa voz, nossa construção” e o objetivo de sistematizar e visibilizar o conhecimento e as tecnologias produzidas pelas mulheres, e apontar os próximos passos de uma ação mais concreta com as mulheres.
“Este encontro é muito importante porque ele vem numa conjuntura que requer da gente muita luta, muita organização, muita resistência e estaremos juntas no fortalecimento da nossa luta pra dentro da articulação no Semiárido e para fora também. É muito importante que a gente se junte neste atual contexto, para que possamos fortalecer a dimensão maior que é a da dimensão da vida das mulheres de todas as pessoas e das minorias. A vida que pulsa e quer a continuidade dos direitos sociais”, destaca a coordenadora da ASA pelo Estado de Minas Gerais, Valquíria Lima.
Na programação, está prevista a construção da trajetória das mulheres e participação efetiva na construção de políticas públicas e sociais estruturantes e importantes para a região Semiárida. Haverá um momento de destaque de marcos históricos e a partir de fatos será construído e sistematizado o caminho de luta das mulheres do Semiárido, sobretudo no fortalecimento da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
O evento é uma construção coletiva, e neste sentido, todas as participantes trarão elementos que reafirmem a luta das mulheres no território que cada uma representa. Como numa ciranda, elas juntarão as experiências, trocarão informações e vão elencar propostas de ação conjunta para fomentar iniciativas que têm contribuído para o empoderamento feminino.
“É um momento para pensar juntas estratégias de fortalecimento da nossa luta no campo da convivência com o Semiárido, no protagonismo, na construção de uma sociedade justa, igualitária e plural, na defesa da democracia, na defesa da água, da terra, do bem-viver, na defesa de todos os direitos, para que as mulheres tenham seus espaços garantidos, e que a nossa luta e nossa resistência nãos sejam invisíveis nem mesmo dentro das nossas organizações, dentro da nossa rede que é a ASA. Por isso que estamos juntas, para fortalecer a nossa representação política e o nosso protagonismo nos espaços de luta e resistência”, finaliza Valquíria.
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