Agricultura Familiar
24.07.2018 PE
Feira da agricultura familiar: símbolo de resistência do povo do semiárido

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Por Jéssica Freitas - ADESSU Baixa Verde

Foto: Jéssica Freitas / ADESSU Baixa Verde

As feiras são um importante espaço de comercialização dos produtos da agricultura familiar. É lugar onde podem ser encontrados legumes, verduras e frutas, mas também produtos de artesanato e alimentos prontos, como arroz com galinha de capoeira. Além disso, é bonito de se ver a troca de experiências entre os feirantes e os consumidores, proporcionada pelas conversas olho no olho.
Em Triunfo, sertão do Pajeú pernambucano, agricultoras e agricultores familiares, vindos de diversas comunidades rurais do município, oferecem todas as sextas-feiras produtos orgânicos, bolos, doces, comidas regionais, mudas de plantas e artesanato.

A agricultora Veronice Medeiros, da comunidade Fortaleza, leva para sua banca, macaxeira, inhame, jerimum, cenoura, coentro e carne de galinha de capoeira, tudo produzido na sua propriedade. “Infelizmente a gente ainda escuta muitas pessoas dizerem que a feira não tem futuro, mas nós resistimos. Não adianta uma fruta ser enorme e bonita se estiver cheia de veneno. Tudo isso eu colhi hoje mesmo na minha roça, uns alimentos saudáveis e bonitos como esses não tem preço.”, comentou a agricultora.

Embora 70% da alimentação que chega às mesas das pessoas seja oriunda da agricultura familiar, ainda convivemos com o fato de que o Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. As agricultoras e agricultores familiares estão na linha de frente desse confronto, resistindo no dia a dia.

CHEGA DE AGROTÓXICOS!

O Projeto de Lei 6299/02, que se refere ao pacote de mudanças na fiscalização e controle de agrotóxicos no Brasil, ganhou a primeira batalha na Câmara dos Deputados. Por 18 votos a 9, a comissão especial aprovou a proposta, encaminhando-a para votação no Plenário da Câmara.

O projeto apresenta uma série de mudanças na atual Lei dos Agrotóxicos e vem gerando polêmica desde o início do ano. Ele alteraria, por exemplo, a nomenclatura "agrotóxico" para "pesticida", excluiria os ministérios da Saúde e o do Meio Ambiente do processo de análise e registro dos produtos, centralizando as atribuições ao Ministério da Agricultura, liberaria licenças temporárias e também mudaria a análise atual dos agrotóxicos, proibindo apenas as substâncias que apresentem "risco inaceitável". (Fonte: HuffPost Brasil)