Mobilização
02.05.2017 BA
28 de abril: Manifestação em Jacobina/BA no dia da greve geral

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Protestos em ruas do centro de Jacobina | Fotos: Luna Almeida - Ascom/Cofaspi

“Sou trabalhador/a, defendo meus direitos com orgulho e com amor!”. Músicas e gritos de ordem ecoaram em ruas do centro de Jacobina/BA na manhã da última sexta (28), um alerta contra as formas de opressão sobre classes trabalhadoras. Foi por volta das 8h10 que manifestantes caminharam pela avenida Orlando Pires, carregando faixas e cartazes com mensagens de repúdio às reformas e leis que ameaçam direitos trabalhistas conquistados historicamente. O protesto foi organizado por sindicatos, movimentos sociais, associações, servidores públicos e jovens de Jacobina e municípios vizinhos, no Semiárido baiano.

A estimativa divulgada é de que, em média, mil pessoas participaram do ato, que bloqueou o trânsito de veículos em um dos trechos da BR 324 onde os/as manifestantes se concentraram, durante pelo menos uma hora. “É dia de greve geral para mostrar a insatisfação do povo brasileiro com medidas que atacam e destroem nossos direitos”, destacou uma das organizadoras, Maria da Glória Nascimento – diretora, em Jacobina/BA, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).

Após a saída da BR 324, o grupo retomou a caminhada, seguindo para a Rua Senador Pedro Lago, onde protestaram em frente à Prefeitura Municipal. O ato foi encerrado na Praça Rio Branco, com falas políticas de organizadores/as em agradecimento pela adesão à greve geral, que em Jacobina/BA suspendeu aulas em diversas instituições de ensino e retardou a abertura de lojas do comércio, no manifesto que reivindica manutenção das condições dignas de trabalho e acesso à aposentadoria da classe trabalhadora.

“É um dia histórico em Jacobina e nós vamos precisar de todos vocês, das mulheres, dos homens, dos trabalhadores, dos estudantes, inclusive, para o enfrentamento daqueles que não aceitam a gente parar a cidade por um dia em busca da garantia dos nossos direitos, para que não tenhamos retrocessos”, afirmou um dos representantes da Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (Cofaspi), Farnésio Bráz.

As ações de protesto e paralisações ocorreram em diversas regiões do Brasil, na mobilização nacional convocada por centrais sindicais do país contra a reforma da previdência, reforma trabalhista e lei da terceirização. Propostas do Governo de Michel Temer (PMDB) que precarizam as condições de trabalho, permitindo a terceirização de atividades fins das empresas, aumento de jornada de trabalho, maior tempo de contribuição para receber aposentadoria integral, redução do tempo de intervalo para repouso/alimentação, além de autorizar mulheres grávidas a trabalhar em ambientes insalubres mediante apresentação de atestado médico, dentre outras medidas.