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11.09.2015
Hoje o Brasil é outro, apesar da seca", diz Tereza Campello no Dialoga Piauí
Site - Portal Brasil
Para Tereza Campello, políticas como o Bolsa Família, o programa de cisternas e o Seguro Safra têm permitido que o povo nordestino resista e não abandone suas terras em direção às grandes cidades do País

Hoje o Brasil é outro País porque o governo construiu políticas públicas que permitem que a população consiga conviver com a seca, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, em sua intervenção na sexta edição do Dialoga Brasil, nesta sexta-feira (11), em Teresina, no Piauí.



Para a ministra, políticas como o Bolsa Família, o programa de cisternas e o seguro Safra têm permitido que o povo nordestino resista e não abandone suas terras em direção às grandes cidades do País – como fazia no passado – apesar da forte seca que atinge o Nordeste nos últimos anos.

Muita gente dizia que a pobreza do Nordeste tinha a ver com a seca. Hoje nós estamos vivendo uma seca muito intensa aqui no estado (Piauí), que atinge uma parte grande da área rural e nós não temos aquelas cenas que a gente tinha antes: os retirantes, o povo em saques, desesperado, abandonando sua terra. Hoje, o Brasil é outro, apesar da seca. Porque nós estamos conseguindo, não combater a seca – que é um fenômeno da natureza –, mas construir políticas públicas que garantam que a gente conviva com o semiárido e garanta que a população do meio rural fique na sua terra e que as populações nas cidades tenham sua pobreza aliviada”, defendeu.

E, nesse sentido, citou números como o das 17 milhões de crianças de 6 a 17 anos beneficiadas pelo Bolsa Família e que hoje não estão no trabalho infantil para estar na escola – 500 mil delas só no Piauí – recebendo, inclusive, assistência médica.

Segundo a ministra, foi o acompanhamento frequente do peso dessas crianças que fez com que o Brasil reduzisse em até 60% a mortalidade infantil por desnutrição e alcançasse a redução de 51% do déficit de altura da população brasileira. Na ocasião, a ministra lembrou o preconceito sofrido historicamente pelo povo nordestino, acusado de “crescer pouco” em virtude da falta de alimentação.

Programa de cisternas
Em sua fala, a ministra enfatizou também outra ação do governo federal que considera fundamental para a convivência do nordestino com o semiárido: a entrega, desde 2003, de 1,2 milhão de cisternas no sertão do Nordeste.

“Outra ação importante de convivência com o semiárido são as nossas cisternas. Nós já conseguimos construir e entregar 1,2 milhão cisternas no semiárido nordestino. Só aqui no Piauí, nós temos 75 mil cisternas entregues levando água para a população. Garantindo que 1,2 milhão de mulheres deixassem de carregar água na cabeça. Muitas delas, levando uma criança do lado. Era uma criança a menos na escola e que hoje tem a oportunidade de estudar”, acrescentou.

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